A seguir temos um excerto da obra Os sertões, de Euclides da Cunha, em que foi narrada a Guerra de Canudos.
quarta-feira, 30 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Vale a pena ler
A seguir, um trecho a Bastilha, entendida como símbolo do antigo regime pelos revolucionários franceses.
Mas o que era a Bastilha? Nada mais além de uma grande fortaleza construída durante a Idade Média como um dos bastiões defensivos de Paris. Em suma, uma cidadela de oito torres. (...) o mais importante: transformara-se numa prisão onde eram encerrados sumariamente os inimigos e aqueles a quem os reis atribuíram periculosidade.
Tomá-la no dia 14 de julho representou pouco como operação de assalto. O imenso edificio não continha sequer duas dezenas de prisioneiros. Aliás, pensava-se, ainda com a monarquia absoluta, em demoli-lo. A argumentação é mais prosaica do que se pode pensar: o custo da fortaleza era muito alto. Contudo, a morosidade das medidas dos administradores reais é atropelada pelos acontecimentos revolucionários. Em 1790 a Bastilha foi arrasada e o terreno onde se assentara, transfomando numa grande esplanda; é hoje uma praça.
Pois bem, a domolição da Bastilha não atendeu a nenhuma razão de contenção de gastos ou de desimpedimento para a circulação do fluxo urbano (...) Ninguém se sensibilizou com a qualidade construtiva da fortaleza ou cogitou sequer seu eventual reaproveitamento para outros fins. Ela foi arrasada por ser um símbolo da arbitrariedade do poder real e daquele Estado monárquico que se confundia com a própria pessoa do rei.
Pretendia-se apagar da memória a existência do arbítrio real por meio da destruição da Bastilha. (...) A ação é emblemática de um mundo que morre trazendo, ao mesmo tempo, o mundo novo.
CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio histórico e cultural. São Paulo: Aleph, 2002, p. 11-12
domingo, 20 de março de 2011
GUERRA DE CANUDOS
A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um movimento messiânico de grande importância. Liderados pelo beato Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou às margens do rio Vaza Barris, um arraial. Este, longe do poder dos políticos, representou uma ameaça a ordem estabelecida pela recém inaugurada República. Logo, os canudenses foram atacados com toda força pelas tropas do governo.
As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897 fracassam completamente. De março a outubro de 1897, outras duas expedições enviadas pelo governo federal e organizadas pelo Exército, a última com 6 mil homens e artilharia pesada, conseguem finalmente tomar e destruir Canudos. Junto com Conselheiro morrem milhares de combatentes e restam cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças.
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