Não dá para teresinense tirar onda? Culpe o bumba meu boi
por Claudia Castelo Branco
A explicação remonta à economia do Brasil Colônia. Enquanto os outros estados nordestinos foram ocupados ao longo do litoral para produzir e exportar açúcar, o Piauí surgiu da expansão da fronteira do gado, encabeçada pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, em 1662. A importância do gado é tamanha que o bumba meu boi nasceu no estado, embora a fama tenha ficado com o vizinho Maranhão.
Essa atividade era voltada não para a exportação, mas para o suprimento de carne-seca, couro e tração animal para o litoral açucareiro. Por isso, o estado cresceu de dentro para fora, ao contrário dos outros da região. Para piorar, a Coroa portuguesa proibiu em 1701 a criação de gado a menos de 10 léguas (60 quilômetros) da costa para não invadir as plantações de cana. Só em 1880 o Piauí ganharia praia, depois de trocar com o Ceará dois municípios por uma faixa de 66 quilômetros de litoral (o Ceará, por sua vez, tem 573 quilômetros).
Teresina a essa altura já era capital do estado havia 28 anos, substituindo a cidade de Oeiras. A localização entre os rios Poti e Parnaíba foi escolhida para escoar a produção do estado, por isso a cidade é conhecida na região como "Mesopotâmia do Nordeste".
Essa atividade era voltada não para a exportação, mas para o suprimento de carne-seca, couro e tração animal para o litoral açucareiro. Por isso, o estado cresceu de dentro para fora, ao contrário dos outros da região. Para piorar, a Coroa portuguesa proibiu em 1701 a criação de gado a menos de 10 léguas (60 quilômetros) da costa para não invadir as plantações de cana. Só em 1880 o Piauí ganharia praia, depois de trocar com o Ceará dois municípios por uma faixa de 66 quilômetros de litoral (o Ceará, por sua vez, tem 573 quilômetros).
Teresina a essa altura já era capital do estado havia 28 anos, substituindo a cidade de Oeiras. A localização entre os rios Poti e Parnaíba foi escolhida para escoar a produção do estado, por isso a cidade é conhecida na região como "Mesopotâmia do Nordeste".
Fonte: Revista Superinteressante